Entenda a história e a importância do Mês do Orgulho LGBTQIA+ e descubra quais séries abordam o tema e que você deve maratonar.
As histórias são algumas das formas de expressão mais antigas da humanidade. Através delas, pessoas dos mais variados tipos puderam, e ainda podem comunicar suas vivências e visões de vida. Muito além disso. Por meio das histórias, podemos nos conectar de formas que nunca imaginaríamos.
Através de gêneros, como aventura, romance e suspense, as histórias têm o poder de carregar elementos que entretém e que transmitam temáticas. Estas, por sua vez, podem ser usadas de inúmeras formas para conscientizar, ensinar e propor a reflexão de assuntos que normalmente não temos contato suficiente.
Nisso, encontramos séries, filmes, livros, HQs, jogos e muitos outros veículos que tratam de demonstrar a antiga e constante luta das comunidades LGBTQIA+ pelo mundo. Exemplos do tipo tem se tornado cada vez mais frequentes e notórios. Essa é uma grande conquista que não deve ser deixada passar em branco.
Por conta disso, utilizando a propulsão gerada pelo movimento Mês do Orgulho LGBTQIA+, vamos nos aprofundar nesta temática e em suas melhores vertentes através do universo geek. Então, deem play em Born This Way, busquem suas bandeiras multicoloridas e embarquem nesta jornada conosco.
O que é e como surgiu o Mês do Orgulho LGBTQIA+?

O Mês do Orgulho LGBTQIA+ é uma celebração que ocorre todo ano em junho. Precedido pelo Dia Internacional da Luta Contra a LGBTfobia, no dia 17 de maio, o mês de junho por inteiro é um período repleto de eventos dos mais variados tipos, que buscam espalhar através das mídias a busca pela inclusão e respeito pelos indivíduos queer.
Mas, como este evento anual surgiu? Bem, tudo isso se iniciou em 1969, em Nova York. Na cidade, havia um bar voltado para as comunidades de diferentes orientações sexuais, onde eles poderiam se encontrar e serem eles mesmos. O seu nome era Stonewall, e no dia 28 de junho, ele foi atacado.
Apesar da homossexualidade ser proibida naquele estado, assim como em muitos outros, o local recebia vista grossa por boa parte do tempo pela polícia. Todavia, naquele fatídico dia, os policiais invadiram o bar e renderam muitos dos frequentadores, como travestis e drags.
Isso gerou uma revolta instantânea daqueles em volta, o que culminou em 5 dias seguidos de protestos da comunidade LGBTQIA+. Após estes motins, o bar foi fechado e só voltou a ser aberto 1990, só que em um prédio diferente nas proximidades.

Ainda, este evento foi tão marcante para o movimento ao redor do mundo e, principalmente, nos EUA, que em 2000, os edifícios se tornaram parte do Marco Histórico Nacional do país. Além de que, em 2015 e 2016, respectivamente, o atualmente nomeado The Stonewall Inn, recebeu um estatuto especial pela Comissão de Preservação de Marcos Históricos da Cidade de Nova York e a oficialização do estabelecimento como um monumental nacional.
Com a sua importância, o acontecimento histórico do bar Stonewall Inn acabou recebendo diversos materiais ao longo das décadas, como livros, documentários e até filmes. O mais recente, foi lançado em 2015 e até mesmo trouxe a atriz Joey King para o elenco, uma revelação da época, conhecida majoritariamente por seu papel nos filmes de A Barraca do Beijo e pela série The Act.
Apesar de sua pouca divulgação e das críticas negativas em relação à “higienização” e romantismo da trama, o filme que está disponível no Telecine Play, Globoplay e no YouTube (de forma paga), ainda assim vale a pena ser conferido por trazer à tona uma importante discussão e os méritos deste evento histórico. Abaixo, vocês podem conferir os pôsteres e o trailer legendado do longa.

Agora, caso você tenha ficado interessado em saber mais sobre o assunto, estaremos deixando logo a seguir alguns vídeos que explicam melhor o acontecimento de junho de 1969 e a sua repercussão até a atualidade.
As celebrações de 2021 para o Mês do Orgulho LGBTQIA+

Uma dúvida pode correr pela mente de alguns quando tratamos deste mês e de sua celebração: “Mas o que acontece para que esse orgulho seja exaltado?”. Essa dúvida pode ser respondida de forma simples e com muitos exemplos que se encaixam perfeitamente na cultura pop e no universo geek.
Primeiramente, é difícil não conhecer a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Sendo uma das mais famosas em todo o mundo, a parada de SP surgiu em 1997 e perdura com cada vez mais visibilidade e força até hoje. Porém, devido a pandemia do COVID-19, o evento teve de se adaptar à nova realidade.
A edição do ano passado foi realizada de forma 100% online, através de transmissões promovidas e apresentadas pela dupla Fih e Edu, do canal Diva Depressão. Neste ano, ambos irão mestrar novamente a apresentação que recebeu o título #ParadaAoVivo ou #ParadaSPAoVivo. Além disso, a edição irá tratar do tema “HIV/AIDS: Ame+ Cuide+ Viva+”.

A parada online de 2021 poderá ser conferida no dia 6, próximo domingo. Com início às 14hrs e término às 22hrs, a live que será feita em estúdio e irá ser transmitida através de 12 canais no YouTube, contará com a participação de vários artistas e ativistas como Pablo Vittar, Gloria Groove, Majur e Sandra de Sá.
Agora, ainda em questão de programações audiovisuais, não podemos deixar de lembrar das grades de exibição otimizadas em canais de TV abertos e fechados. Alguns bons exemplos são a Globo, Viva, Canal Brasil, os Telecines e muito mais. Então, fiquem de olho no seu preferido para já ir se programando.
Seguindo em frente, podemos adentrar ainda mais na internet. Por meio de suas redes sociais, empresas, artistas e outros indivíduos estarão celebrando o mês por meio de campanhas, eventos e lançamentos exclusivos e muito mais do que especiais. Abaixo, vocês podem ver um pequeno aceno feito pela Disney e o grande abraço dado pela Lego, em sua nova coleção LGBTQIA+.
+ HBO Max | Valores dos planos de assinatura, data para a estreia no Brasil e muito mais sobre
Entrando em um território ainda mais nerd, temos as celebrações feitas pelas HQs. Em primeiro lugar, a DC Comics tem divulgado a sua edição antológica voltada para o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Intitulada como DC Pride, a revista irá ser comandada por mãos de diversos artistas da comunidade, em histórias que irão abordar o tema junto de personagens assumidos da editora.
Com data de lançamento marcada para o dia 8 de junho, nos EUA (sem previsão para estreia no Brasil), a primeira edição irá contar com a ilustre presença de personagens famosos como a Batwoman, Harley Quinn, Hera Venenosa, Apolo, Meia-Noite e John Constantine. Confiram a capa oficial e as variantes da HQ:

+ Liga da Justiça | Warner Bros. não havia entendido as ideias de Zack Snyder para o Flash e o DCEU
Mudando para o outro lado das gigantes das HQs, temos a Marvel Comics, que também não ficará de fora de toda essa comemoração. Seguindo a sua linha de especiais antológicos com temáticas sociais, como a Marvel’s Voices: Indigenous Voices e a Marvel’s Voices: Legacy, agora teremos a Marvel’s Voices: Pride.
Sendo essa a edição N° #1 e com o seu lançamento marcado para o próximo dia 23, também apenas nos EUA (por enquanto), a revista irá contar com a presença de diversos artistas queer. Além dos personagens sexualmente abertos da editora também, como membros dos Jovens Vingadores, X-Men e Guardiões da Galáxia. Vejam algumas das capas oficiais da revista:
+ Marvel Studios | Guia definitivo de lançamentos da Fase 4 do MCU
Sabemos que vocês devem estar ansiosos pela lista de séries que separamos para este artigo. Mas antes, temos uma última recomendação para fazer aos geeks e nerds orgulhosos de plantão. Afinal, jogos eletrônicos com temáticas inclusivas têm sido alguns dos melhores nos últimos tempos. Alguns bons exemplos são Gone Home, Life is Strange e The Last of Us Part II.
Nisso, temos Tell Me Why, um game episódico produzido pela Dontnod Entertainment – a mesma criadora da franquia Life is Strange – e distribuído pela Xbox Game Studios. Em sua história, acompanhamos os gêmeos Alyson e Tyler (um homem transexual), enquanto eles voltam para a sua casa de infância no Alasca, onde eles irão desbloquear muitas memórias e acontecimentos de seu passado.

Okay, o jogo de encaixa na temática e tudo mais, mas por que falar dele? Simples, durante todo o mês de junho, Tell Me Why estará disponível para ser resgatado permanentemente de forma gratuita para Xbox One, Xbox Series X/S e PC (através da Steam). Então, você gamer, corre para não perder a sua chance!
Para encerrar o tópico, gostaríamos de deixar o link para um artigo sobre a gratuidade do jogo no Mês do Orgulho LGBTQIA+, no site oficial de Tell Me Why. Além disso, fiquem com um trailer e um trecho do texto escrito pela Dontnod acerca da importância para que tanto indivíduos trans e queer, quanto muitas outras pessoas possam acessar o jogo e as suas temáticas.
Dontnod
“Recebemos mensagens sinceras de jogadores de todo o mundo sobre como o retorno de Tyler como um homem trans e a luta de Alyson contra o trauma os impactou, encorajou ou fez com que se sentissem um pouco menos sozinhos, especialmente em meio ao COVID-19 global em curso retórica transfóbica pandêmica e generalizada em lugares como os Estados Unidos e o Reino Unido.”
Lista de séries para maratonar durante o Mês do Orgulho LGBTQIA+

Como prometemos, agora iremos apresentar para vocês a lista do Sanatório Geek para uma comemoração acompanhada de muita maratona durante este Mês do Orgulho LGBTQIA+. Com séries dos mais variados tipos e disponíveis em diversas plataformas de streaming diferentes, com certeza você irá encontrar uma que irá te instigar.
Antes, devemos ressaltar que a lista foi montada de forma a progredir nos níveis de intensidade com o qual essas temáticas são abordadas. Então, não estranhem ver algumas produções mais “suaves” de início.
DC’s Legends of Tomorrow

Contando atualmente com 5 temporadas completas e uma 6ª sendo lançada desde o mês de maio deste ano (2022), Legends of Tomorrow (regionalizada como Lendas do Amanhã) é uma série da CW que faz parte do tão popular Arrowverse. A produção de iniciou como uma forma de dar protagonismo para personagens secundários de séries como Arrow e Flash.
Com uma trama que mexe bastante com viagem no tempo e o desenvolvimento pessoal de cada super-herói, podemos destacar um dos plots mais aclamados da produção: a descoberta da bissexualidade de Sara Lance, a Canário Branco. A qual possui um protagonismo muito forte após a 1ª temporada. E, atualmente, está em um relacionamento com Ava Sharpe.

Essa série é uma pedida descontraída para fãs de ação, viagem no tempo e eventos históricos. Basicamente, é uma Doctor Who da DC. Mas, não perde em nada quando o assunto é desenvolvimento pessoal e representatividade. Caso tenha se interessado, as 5 primeiras temporadas estão todas disponíveis (atualmente) na Netflix.
American Gods

Se tratando de uma adaptação do livro homônimo de Neil Gaiman, American Gods é uma série distribuída exclusivamente pelo Amazon Prime Video, e contando com 3 temporadas completas. A história gira em torno de Shadow Moon que, após sair da prisão, irá cruzar com diversas personificações de famosos deuses, de diferentes culturas, e pelos novos deuses criados pela humanidade.
Apesar de ter sido cancelada logo após estrear todos os episódios de seu 3º ano, em 2021, o seriado ainda assim é uma boa dica por diversos motivos. É inegável o quanto os visuais desta produção se sobressaem se comparados a muitos outros da atualidade. E não falamos apenas em questão da qualidade VFX, mas também de sua essência e criatividade.
Agora, em questão da representatividade, American Gods já chegou com dois pés na porta logo em sua estreia. No 3º episódio da 1ª temporada, temos uma cena explícita de sexo gay entre Salim e Jinn. Mas, a importância do momento não é simples assim, visto como ele é tratado de forma honesta, sem fetichizar o ato.

Ainda, a sua última temporada escalou muito mais neste pretexto. Com a evolução pessoal do personagem de Salim, acabamos o encontrando pela primeira vez em sua vida em um local onde ele esteja em paz, e este local é a pousada Peacock, um lugar voltado para a comunidade LGBTQIA+ e comandado por uma divindade trans. Sendo este o cenário de uma grande cena de orgia queer.
Com a constância em trazer arcos arrastados, não era de se esperar menos do que o cancelamento do seriado. Entretanto, nada disso tira o mérito de suas conquistas. Então, deem uma chance para American Gods e se possível, procurem ler o livro para complementar a trajetória dessa fantástica história.
Brooklyn Nine-Nine

Brooklyn Nine-Nine (ou apenas 99) é uma série de comédia policial que pertenceu à Fox, mas agora está sob os direitos da NBC. Com 7 temporadas lançadas até então, o seriado é mestre dentro do gênero de humor nonsense (absurdo) e é um prato cheio para a fanbase geek, devido ao seu constante hábito em citar filmes e outros elementos da cultura pop.
Trazendo o excelente, porém imaturo, detetive Jake Peralta como protagonista, que não consegue se dar bem com o seu novo comandante, o capitão Raymond Holt, o programa se inicia com uma identidade própria bem marcante e instigante. Elemento que só teve o que ganhar com o passar de cada ano.
Com a abordagem bastante crítica mas, ainda sútil, em problemas sociais muito discutidos na atualidade, a série conquistou tanto os fãs mais passivos quanto os mais atentos aos detalhes. Entretanto, Brooklyn Nine-Nine não vive só de meros detalhes. E a prova viva disto é o próprio chefe de Peralta.
O capitão Holt é um cidadão sério e classudo, e também é um homem negro e gay. A sua sexualidade nunca é deixada de lado, e mesmo assim, não é tratada como uma maneira de se fazer piadas ou levar à situações propícias para a trama. Nada disso, este é um ponto natural e parte íntegra dele como pessoa.

Por diversas vezes, B99 retratou de forma responsável temas como racismo, machismo e a própria homofobia. Só que, não se vive apenas de negatividade, já que a dinâmica entre Holt e o seu marido, Kevin, é um primor de realidade. E não podemos esquecer da detetive Rosa Díaz, que [spoilers a parte] é assumidamente bissexual durante boa parte da história.

Enfim, B99 é uma ótima dica para quem quer se divertir e ainda assim colocar a mão na consciência. Com uma 8ª e última temporada chegando por ai, recomendamos maratonar as suas 6 temporadas disponíveis na Netflix, para que seja possível acompanhar o encerramento de um dos programas de comédia mais marcantes da última década.
Modern Family

Com 11 temporadas e um final já executado, Modern Family é uma das séries de comédia mais longas dos últimos anos. Com o seu formato mockumentary, o programa segue como se estivéssemos vendo a vida real de diversas famílias muito próximas, que se amam, mas enfrentam diversos problemas, dos mais comuns aos mais estranhos e engraçados.
Com tropeços aqui e ali, o show ainda assim conseguiu manter o seu brilho do início ao fim. E, dentro do assunto de hoje, tivemos dois personagens que não marcaram apenas a vida de seus fãs. Muito mais que isso, pois o relacionamento estável e repleto de química entre Mitchell e Cameron foi muito importante para o mundo inteiro.

Com a sua estreia em horário nobre na televisão americana, Modern Love não escondeu e nem “suavizou” o amor que os dois sentiam um pelo outro. Se tratando de dois protagonistas homossexuais em um tempo muito complicado para a comunidade LGBTQIA+, Mitch e Cam estabeleceram uma grande positividade na mente de mentes mais teimosas da sociedade.
Compromissados firmemente e com a guarda de uma filha adotada logo no início da 1ª temporada, a trajetória de trancos e barrancos do casal é um dos motivos pelos quais temos números muito maiores de personagens que representam a comunidade na atualidade.
Caso tenha se interessado em conferir Modern Family, saiba todas as suas temporadas estão disponíveis tanto na Netflix quanto no Globoplay. Já o Prime Video, tem disponíveis 9 temporadas do seriado atualmente.
Glee

Agora vamos saltar para um gênero totalmente diferente dos itens listados até então, porque vamos de Glee, uma série musical de 6 temporadas lançadas entre 2009 e 2015. A história se passa em um colégio estadunidense, repleto de personagens ambiciosos e, principalmente, com a voz a todo vapor.
Entre todas as produções citada até aqui, Glee é um exemplo a parte. Mas por quê? Bem, pois foram muitos os deslizes cometidos ao abordar a comunidade LGBTQIA+ ao longo de seus anos de transmissão. Muitas vezes, excluindo o mérito de um grupo e hipersexualizando outro. Mesmo assim, devemos dar crédito.

Tendo surgido na mesma época de Modern Family, Glee teve o papel de colocar personagens de importância para a trama e abertamente queer, em muitas telas de televisão ao redor do mundo. Alguns dos casais de destaque foram Kurt e Blaine, e Santana e Brittany. Além de termos tido Unique, uma garota trans – não muito bem explorada, mas ainda assim uma conquista –.

Ao fim, as temáticas de Glee se expandem muito além deste assunto, sendo uma produção “além do seu tempo” (já era hora de mudança né). Para quem tiver se interessado, fique feliz, pois todas as temporadas do seriado estão disponíveis na Netflix, Prime Video, Disney+ e no Globoplay.
Will e Grace

Se Modern Family e Glee foram responsáveis por estabelecer ainda mais representatividade na televisão americana e no mundo a fora, ambas devem isso à Will e Grace. Produzida e exibida pela NBC, a série de 8 temporadas iniciais, foi transmitida entre 1998 e 2006. E teve um retorno em 2017, que gerou mais 3 temporadas para a série.
Desafiando as opiniões da época, Will e Grace chegou como uma sitcom que trazia Will Truman, o protagonista advogado e gay, que dividia apartamento com a segunda personagem principal, Grace Adler, uma judia e design de interiores hétero. A dinâmica dos dois foi um chamativo que ajudou na aceitação da produção na época.

Apesar de decidir não se aprofundar muito na vida sexual do protagonista, o seriado acertou em cheio ao não transformá-lo no estereótipo do amigo homossexual, extravagante e escandaloso. Este papel ficou por parte de outro personagem gay da série, Jack. Este, por sua parte é muito interessante, por vários motivos, principalmente por ter sido um fator importante para o seu ator se assumir na vida real.
Apesar de ter sido cancelada no ano passado, em sua 11ª temporada, Will e Grace carrega uma grande relevância para a representatividade na mídia. E, caso tenha se interessado em conferi-lo, a primeira versão do seriado está disponível por completo no Prime Video.
Love, Victor

Love, Victor é uma série de drama adolescente distribuída pelo streaming americano Hulu. Com uma 1ª temporada de 10 episódios lançados em 2020 e uma 2ª com data de estreia marcada para 18 de junho deste mês, a produção é um spin-off do filme Love, Simon (2018). Sendo que ambos são baseados em uma franquia literária da autora Becky Albertalli.
Em sua premissa, a série nos coloca aos olhos de Victor Salazar, um jovem americano com descendia porto-riquenha e meio colombiana, e que está se descobrindo gay. Em uma luta diária contra a sua orientação sexual, Victor vai contar com a ajuda do próprio Simon e de seus amigos, enquanto percebe que está se apaixonando por um colega.

Curiosamente, para os fãs do filme, além de retornar para o mesmo papel em que protagonizou o longa-metragem anterior, Nick Robinson também é principal produtor da nova série do intitulado “Simonverso”.

Apesar de não termos uma plataforma oficial para assistir Love, Victor durante este Mês do Orgulho LGBTQIA+, o seriado estará disponível a partir do dia 31 de agosto no Star+, o streaming complementar e pago do Disney+ no Brasil. Caso queira saber mais detalhes sobre o assunto, não deixe de conferir o nosso último post sobre o Star+.
Everything Sucks

Lançada em 2018 pela Netflix, Everything Sucks veio com a promessa de transportar toda a audiência para o fim dos anos 90, em um produção de comédia e amadurecimento. Com uma estética noventista carregada de músicas e roupas nostálgicas, a 1ª temporada conta com 10 episódios com duração entre 20 e 27 minutos.
A história de Everything Sucks gira em torno de jovens protagonistas tentando sobreviver aos anos de colégio em 1996. Temos os nerds Luke, Tyler e McQuaid. Os arruaceiros e membros do clube de teatro, Oliver e Emaline. E, por fim, Kate, a filha introvertida e sexualmente confusa do diretor da escola.

Como foi dito, Kate está se questionando cada vez mais, em questão de sua orientação sexual. Com Luke apaixonado por ela e disposto a conquistá-la das formas mais extravagantes possíveis, Kate terá que se entender consigo mesma. Enquanto vemos ela se apaixonando por alguém inusitado. [Sem spoilers por aqui].

Apesar de ser uma série divertida e carregada de energia, Everything Sucks está entre as produções injustiçadas pela Netflix. Pois pouco tempo após o seu lançamento, o seriado veio a ser cancelado pela plataforma. Porém, nada disso tira os méritos da evolução narrativa de Kate e todos os outros personagens. Então, maratone ES e entre para o time de esperançosos por seu revival.
One Day At a Time

Falamos sobre algumas sitcoms muito bem lembradas dentre este tema, mas deixamos a melhor em fazer isso por último. One Day At a Time é uma série de comédia e drama, que lida com as dificuldades pessoais de cada membro da família cubana Alvarez, que vivem em Los Angeles, nos EUA. Curiosamente, essa é a 2ª versão da produção, que foi precedida por uma outra lançada entre 1975 e 1984.
Em um enredo que lida com várias temáticas sociais e culturais importantes, como TEPT, homofobia, sexismo e racismo, ODAAT deixou o orgulho LGBTQIA+ tomar conta da trama de sua 1ª temporada. A protagonista da vez foi Elena, uma adolescente lésbica que busca revelar a sua sexualidade para sua família.

A trajetória de Elena não foi elogiada (e ainda é) por simplesmente tratar do tema. Muito mais do que isso, One Day at a Time desvia de muitas trivialidades e elementos que banalizam a descoberta pessoal de indivíduos queer. Aqui, não temos uma primeira paixão óbvia, nem mesmo vemos Elena se martirizar por ser quem é. Ela simplesmente é.

Não vamos dar mais detalhes sobre o destino da personagem, para evitar spoilers. Mas, garantimos que a execução de seu arco é vem trabalhada e muito louvável. Se tornando até mesmo um dos melhores exemplos entre toda a cultura pop. Infelizmente, ODAAT está cancelada, tanto pela sua original distribuidora (a Netflix) quanto pela sua mais recente casa (a Pop TV).
Por enquanto, todos podem desfrutar dos 39 episódios de 25-30 minutos disponíveis exclusivamente na Netflix. Entretanto, a sua 4ª temporada não possuí previsão de disponibilidade pelo canal estrangeiro por aqui, no Brasil. Todavia, nada disso deve desanimar futuros fãs, pois as histórias que a série tem a oferecer, não são desvalorizadas por suas injustiças.
Orange is the New Black

Orange is the New Black é uma das primeiras séries originais e de sucesso da Netflix. Com a chegada da sua temporada de estreia em 2013, a produção adaptou os relatos do livro de memórias de mesmo nome, escrito por Piper Kerman. Atualmente, OITNB é o título original com mais temporadas do streaming, sendo que a 7ª – que chegou em 2019 – tratou de encerrar a série.
Mas do que se trata Orange is the New Black? Bem, a trama se inicia por mostrar a chegada de Piper Chapman na prisão feminina Litchfield, em Nova York. O destino abrupto de Piper é uma consequência direta de um delito que a mesma cometeu há cerca de 10 anos antes, onde ela fez um favor para sua ex-namorada, que estava diretamente ligada ao tráfico de drogas.
Agora, ela é obrigada a passar 15 meses trancafiada com as “piores pessoas” da região. E é aí que a série brilha minha gente. Primeiramente, OITNB trata de forma verdadeira a realidade de pessoas de diferentes etnias e orientações sexuais neste tipo de ambiente. Dando palco suficiente para que as suas protagonistas femininas [boa % do elenco] possam se desenvolver bem.

Por parte da representatividade LGBTQIA+, a série trata de compor boa parte do seu elenco com atrizes homossexuais e bissexuais, até mesmo com a atual revelação de Hollywood, Ruby Rose. Já em questão de outra minoria bem retratada, temos a personagem trans Sophia Burset, interpretada por Laverne Cox, que também é uma figura transexual e pública.
Com as suas 7 temporadas e 91 episódios (duração entre 50-90 min) disponíveis por completo na Netflix, Orange is the New Black não é apenas uma ótima dica para quem deseja celebrar o orgulho deste mês, mas também, para todas as mulheres que buscam por uma produção com clichês e estereótipos machistas nulos.